27/09/2023
Hospital Regional João Penido entrega 30 próteses a pacientes do Centro de Reabilitação
Objetivo é oferecer aos usuários da unidade maior autonomia e melhor qualidade de vida
O Hospital Regional João Penido (HRJP), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e localizado em Juiz de Fora, realizou hoje, 27 de setembro (quarta-feira), a entrega de 30 próteses aos pacientes que são acompanhados no Centro de Reabilitação da unidade. O setor é referência regional no atendimento aos casos de incapacitação ou deficiência física.
Foram entregues próteses para amputações transfemorais (acima do joelho), transtibiais (abaixo do joelho), e chopart (parcial do pé), além de terem sido feitas revisões e entregues acessórios para revestimento de prótese. A maioria dos pacientes do Centro de Reabilitação apresenta amputações em decorrência de agravamento de diabetes e traumáticas, pós-acidente. Para a entrega, foi feito um investimento de R$ 42.750,00, oriundo de recursos estaduais.
Antes de receberem a prótese, os usuários passam pela Junta Reguladora da Pessoa com Deficiência do município, de onde são encaminhados ao Centro de Reabilitação do HRJP. O hospital é o único do SUS na região a entregar órteses e próteses; ao chegarem, esses pacientes passam por avaliação com os médicos da unidade e, posteriormente, com a equipe multidisciplinar e de fisioterapia. “Quando o paciente está apto a receber a prótese, é agendada a medição. Todo o processo é feito com muita segurança e cuidado para o usuário”, relata o coordenador da unidade de pacientes externos e reabilitação, Bruno Friaça.
Segundo o diretor do HRJP, Daniel Miotto, o principal objetivo da equipe multidisciplinar no atendimento ao paciente deficiente físico é a sua reinserção na sociedade. “O nosso intuito com a entrega das próteses é promover a ele a melhoria da qualidade de vida e aumentar o nível de autonomia e independência”, afirma o diretor da unidade.
Mudança de vida
Dentre os pacientes que foram beneficiados com uma prótese, está Olinda Mourão, de 75 anos. A idosa, que sofreu dupla amputação transtibial por causa da diabetes, aguardava há nove meses pelas próteses bilaterais. Agora, ela comemora a retomada de atividades básicas do dia a dia. “Posso usar o banheiro tranquilamente, e andar na rua apenas com o apoio das muletas. Mas o mais importante para mim é poder cozinhar em pé. Antes, só podia fazer isso na cadeira de rodas”, celebra dona Olinda.
Já o servidor público Wesley Barbosa, de 48 anos, possui uma má formação fetal com atrofia de membros, devido à ingestão de medicamentos pela mãe durante a gestação. As suas novas próteses transfemorais devolverão a ele a possibilidade de trabalhar e viajar com menos dificuldades. “As próteses são primordiais para maiores deslocamentos. Para mim, que trabalho o dia inteiro e ainda tenho outras atividades, é impossível ficar sem elas”, conta o servidor.
Por Anni Sieglitz