13/09/2019

No Dia Mundial da Sepse, Fhemig alerta para importância da adesão ao protocolo

Você já deve ter ouvido falar que a morte de alguém foi resultado de uma infecção generalizada. Ainda popularmente chamada assim, estima-se que no Brasil haja cerca de 670 mil casos de sepse por ano, segundo dados do Instituto Latino Americano de Sepse (ILAS). Destes, 44,8% fatais.  Por isso, no dia 13 de setembro é celebrado o Dia Mundial da Sepse.

“A sepse é uma resposta exagerada do organismo a uma infecção já pré-existente, sendo, a pulmonar, a mais comum. A pessoa começa a ter reações em vários órgãos, principalmente na microcirculação, extravasamento de líquido, baixa de pressão, aumento da frequência cardíaca e respiratória, confusão mental, diminuição da urina e uma série de outras alterações gerais”, explica o coordenador de Protocolos Clínicos da Fundação Hospitalar de Minas Gerais (Fhemig), Guilherme Freire Garcia.  

Segundo ele, a gravidade da infecção no paciente e a própria resposta do organismo a ela podem ser fatores que colaboram para que algumas pessoas desenvolvam a doença e outras não. Doença esta que nem sempre é desenvolvida por quem está internado, como acredita a maioria. “A pessoa pode já chegar num serviço de urgência com uma infecção e sinais de sepse”.

Mas o que fazer para evitar que ela se agrave a ponto de levar a óbito? Recentemente, a Fhemig atualizou o seu Protocolo de Sepse, com objetivo de treinar suas equipes para reconhecer os primeiros sinais de gravidade. De acordo com o protocolo, na primeira hora após identificados os sintomas, deve ser iniciado o antibiótico e o soro, e colhido um pacote de exames , incluindo uma hemocultura para que se possa identificar o germe causador.

 “O tratamento adequado nas primeiras horas tem clara implicação no prognóstico, e medidas simples, como coleta de lactato, culturas, administração antimicrobianos em até 1 hora após o diagnóstico e a ressuscitação hemodinâmica podem salvar vidas”, afirma Guilherme. Para isso, quanto mais cedo for identificada a sepse, maior as chances de sucesso do tratamento.

Monitoramento

A Fhemig, desde 2006, quando iniciou a parceria como o ILAS, monitora o protocolo de sepse e deve continuar a estimular a educação continuada multiprofissional, já que o tratamento da doença exige que médicos, enfermeiros, farmacêuticos e bioquímicos trabalhem em conjunto para efetivar o diagnóstico e o tratamento precoce. “Com este trabalho, a Fhemig conseguiu diminuir significativamente a mortalidade geral por sepse na instituição na última década”, afirmou Guilherme.

Por Aline Castro Alves