11/12/2019

HIJPII realiza cerimônia de encerramento de projeto que visa reduzir superlotação nas urgências

Na última segunda-feira, 09, o Hospital Infantil João Paulo II (HIJPII) realizou, no auditório da sua unidade, a cerimônia de encerramento do Projeto Lean nas Emergências (Proadi-SUS), que tem como objetivo reduzir a superlotação nas urgências e emergências de hospitais públicos e filantrópicos. 

A mesa solene foi composta pelo presidente da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), Fábio Baccheretti Vitor, pelo pediatra do pronto-atendimento e coordenador do Núcleo Avançado de Especialidades Pediátricas do Hospital Sírio Libanês e médico consultor do Projeto, Marcello Pedreira, pelo engenheiro de produção e consultor do Projeto pelo Hospital Sírio Libanês, Adriano Sales Fernandes, pela médica pediatra intensivista e gerente assistencial do HIJPII, Deise Félix Quintão Corrêa, e pela enfermeira e assessora da Gestão Estratégica da unidade, Carolina Rodrigues Renna.

Para Marcello Pedreira, o projeto é motivo de orgulho. “Já tivemos o prazer de estar em mais de 60 hospitais e, a partir de janeiro, estaremos em mais 40, quatro deles localizados em Minas Gerais. Aqui no Hospital Infantil, ficamos pouco mais de cinco meses, totalizando dez visitas, e estaremos oficialmente por mais 12 meses acompanhando a equipe à distância. Porém, depois disso, o projeto continua, já que o nosso objetivo é uma mudança de cultura dentro da unidade”. O médico ressaltou ainda que a principal conquista obtida com o Projeto Lean no HIJPII foi a comunicação. “O grande legado que talvez nossas visitas tenham deixado é mostrar pras pessoas que, elas se comunicando e trabalhando em conjunto, a coisa pode andar”.

O presidente da Fhemig, Fábio Baccheretti Vitor, se mostrou satisfeito com os resultados e declarou ter sido uma grande oportunidade ter a equipe do Proadi na Fundação. “É de grande valor quando recebemos uma equipe tão conceituada, que nos mostra que nós somos capazes de fazer melhor com o que já temos, mudando apenas os processos. Não precisamos investir milhões, não temos pessoas novas, equipamentos novos, apenas foi melhorada a forma de fazer. Isso mostra o potencial de cada um dentro da Fhemig. Agora é papel nosso que isso não acabe”. O presidente destacou, ainda, o mérito dos servidores que se dedicaram e fizeram acontecer o projeto na unidade. “Estou muito feliz e quero parabenizar, cada um de vocês, por terem conseguido fazer tudo isso sozinhos, sem nenhum investimento financeiro, oferecendo, assim, uma assistência muito melhor. Espero muito poder contribuir para que a gente continue melhorando”, afirmou.

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O evento contou também com a apresentação da metodologia Lean, explanada pela coordenadora do Núcleo de Interação Regular do HIJPII e enfermeira especialista em Lean Six-Sigma, Maria Cláudia Souza e Alves; e com a exposição das ações realizadas no hospital por intermédio do Projeto Lean, apresentadas pela enfermeira e mestre em Saúde da Criança e do Adolescente e especialista em Segurança do Paciente, Renata Aparecida Sousa, e pela enfermeira e especialista em Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica e em Controle de Infecção Hospitalar, Clara de Medeiros Rondas.  

Mudanças

De acordo com Clara Rondas, o Projeto Lean trouxe ferramentas simples e fáceis de aplicar, que proporcionaram a oportunidade de readequar o espaço transformando-o em uma Urgência mais organizada e colaborativa, por meio da eliminação dos desperdícios (tempo, recursos humanos, materiais, insumos etc). “Um dos grandes pilares para o alcance dos resultados foi a melhora da comunicação, que permitiu maior interação entre os setores, o compartilhamento do papel de cada um dentro da instituição, e criou maior empatia entre os profissionais. Muitos fluxos foram ajustados e diretrizes estão sendo elaboradas para garantir um atendimento de qualidade de forma mais rápida e eficaz ao usuário do SUS, evitando assim a superlotação do serviço de Urgência do HIJPII”, explicou a enfermeira.

Entre as principais ações implementadas no hospital, estão: a separação física dos pacientes na recepção, estabelecendo local para aguardarem o cadastro e a classificação de risco, separados dos demais que aguardam o atendimento médico; a definição de dois consultórios para atendimento dos pacientes classificados como verde e azul, no modelo Fast Tracking; a mudança do local das salas de classificação de risco, diminuindo o tempo e a distância do porteiro para levar e buscar o impresso da classificação; a mudança do local da sala do serviço social, favorecendo o acesso aos usuário, e do local da sala de coleta, com espaço para sala de espera, criando um fluxo unidirecional do paciente.

Por Aline Castro Alves