29/04/2020

Fhemig inicia obras de ampliação e reforma de seus hospitais

Algumas obras já foram iniciadas emergencialmente para atender à pandemia de covid-19. Ao todo, serão investidos mais de 58 milhões em ampliação e reformas nas unidades.

A gestão da Fhemig irá executar, a partir desse ano, obras de revitalização e melhorias em dez unidades da rede, priorizando aquelas que estão na linha de frente no atendimento aos casos de covid-19. Os investimentos, com recursos de acordos celebrados entre a Vale o Governo do Estado, ultrapassam 58 milhões de reais nos orçamentos estimados dos projetos.


Com prédios antigos e estrutura limitada, muitas das unidades não passavam por reformas há mais de 10 anos. Com as readequações assistenciais e os novos serviços e tecnologias na área da saúde, essa revitalização se faz necessária e inadiável. Algumas unidades terão não somente suas instalações revitalizadas, como também receberão novos serviços, como 40 leitos a mais no Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Júlia Kubitschek, a tomografia no Hospital Eduardo de Menezes e a finalização do prédio anexo ao Hospital Infantil João Paulo II (que abrigará novos ambulatórios e serviços pediátricos).

Estão previstas intervenções nos hospitais Eduardo de Menezes, Galba Velloso, João XXIII, Infantil João Paulo II, Regional João Penido, Alberto Cavalcanti, Regional de Barbacena, Centro Psíquico da Adolescência e Infância e na Maternidade Odete Valadares.

Obras emergenciais para atender à demanda da covid-19

Com a pandemia causada pelo novo coronavírus, unidades hospitalares da Fhemig precisaram se reorganizar para continuar oferecendo a melhor assistência possível e atender plenamente à alta demanda nesse novo cenário. Para isso, foi criado, em março, o Plano de Capacidade Plena Hospitalar, que norteia as ações assistenciais e propõe o acionamento das unidades, de acordo com o avanço da Covid-19 no Estado.

Para o funcionamento adequado do Plano, alguns hospitais tiveram a necessidade de passar por obras e adequações emergenciais. O gerente de Infraestrutura Predial da Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças da Fhemig, Roberto Carlos Dalla Negra, ressalta, por exemplo, que as obras no Hospital Eduardo de Menezes (HEM) foram iniciadas no começo de abril e são consideradas prioritárias, visto que a unidade está integralmente direcionada ao atendimento a pacientes com a Covid-19. “Já tínhamos o projeto arquitetônico aprovado pela Vigilância Sanitária de uma nova ala, com 12 leitos isolados. Agora a obra está em andamento e vai abranger ainda uma área técnica localizada no pavimento inferior, onde ficarão alocados parte dos geradores de energia, um novo sistema de entrada de energia elétrica, além de quadros de energia elétrica, cabeamento estruturado e almoxarifado”, explica.

As obras no HEM estão avaliadas em 5 milhões de reais e a previsão de término é em junho desse ano.

Há também uma segunda parte das obras no HEM, cujas planilhas orçamentárias ainda estão sob aprovação, que contempla adaptações para instalação de novo equipamento de tomografia, adequações no necrotério e no sistema de entrada de energia elétrica da unidade, além da construção de novo laboratório de analises clinicas e instalação de sistema IT Médico para 20 leitos de enfermaria. O orçamento dessa segunda fase é de 4 milhões e 700 mil reais.

O Hospital Júlia Kubitschek (HJK) também cumpre um papel importante no Plano de Capacidade Hospitalar Plena. Para que o HEM possa se dedicar integralmente aos pacientes com a Covid-19, o HJK destinou uma de suas alas de internação para a infectologia e passou a atuar como retaguarda do HEM. Além disso, a maternidade do Júlia é a unidade preferencialmente dedicada ao atendimento às gestantes, parturientes e puérperas com suspeita/diagnóstico positivo para o novo coronavírus.

Dessa forma, também são necessárias adequações na estrutura do HJK. O projeto inicial contempla a finalização da execução da obra do novo CTI com 40 leitos, revitalização do bloco cirúrgico, instalação do novo sistema de condicionamento de ar para CTI e bloco, modernização da rede de gases medicinais e do sistema elétrico da unidade e instalação de novos geradores. As obras do HJK devem ter início nos próximos dias e estão estimadas em 9 milhões de reais.

Uma segunda fase do projeto propõe ainda a revitalização de outras alas essenciais no HJK, incluindo obras paralisadas. As obras dessa segunda fase possuem um orçamento de 19 milhões de reais. 


O Hospital Galba Velloso (HGV), que atenderá a demanda de retaguarda dos hospitais que estão na linha de frente na assistência aos pacientes com a Covid-19, também deve passar por pequenas adequações. Estão previstas, na unidade, revisão do sistema elétrico e dos telhados e revitalização do ambiente interno, especialmente das enfermarias.

Por fim, no Instituto Raul Soares (IRS) – que receberá os pacientes da linha de cuidado da saúde mental que estavam internados no HGV – será feita abertura de porta para saída de emergência e rampa para sanar a diferença de nível entre pisos dessa saída.

Júlia Kubitschek passará por uma grande reforma


Fundado em 1958, com alas espaçosas e corredores extensos distribuídos numa grande área construída para abrigar inicialmente pacientes com tuberculose, o Júlia Kubitschek possui grande capacidade de assistência, mas também demanda uma reforma geral em sua estrutura. Com o investimento de R$ 19,4 milhões, serão revitalizadas as alas F, H e I (Central de Abastecimento Farmacêutico – CAF), assim como os elevadores próximos a essas alas. Também, dentro desses recursos, serão entregues novos vestiários e um sistema de aquecimento solar para água. O planejamento ainda contempla a ala C, os ambulatórios de Pneumologia, Função Pulmonar e Especialidades (Policlínica), e o laboratório.

Revitalizações no Hospital Regional João Penido, na Maternidade Odete Valadares, no Hospital Alberto Cavalcanti e no Regional de Barbacena

A maioria das obras no Regional João Penido será estrutural, como na estação de tratamento de esgoto, no sistema de proteção de descargas atmosféricas, na rede elétrica e no equipamento de condicionamento de ar. O Serviço de Nutrição e Dietética (SND) e a Farmácia também serão revitalizados. O investimento em obras no HRJP será de R$ 5, 3 milhões.

A Maternidade Odete Valadares também receberá obras essenciais, como a instalação de novo sistema de geração de energia elétrica (com potentes geradores), a reforma da subestação, a restauração do passeio externo e a modernização dos elevadores. O projeto foi custeado em R$ 2,4 milhões.

A rede elétrica do Hospital Alberto Cavalcanti será adequada para suprir o novo sistema de ar condicionado do Laboratório e do Bloco Cirúrgico. Será reformado o telhado da Unidade de Emergência e as portarias de acesso, readequando-as para melhor controle dos visitantes e veículos. Ao todo, o orçamento para as adequações será de R$ 1,5 milhão.

Também será readequada a rede elétrica do Hospital Regional de Barbacena, com a reforma das subestações abrigada e aérea da unidade. Serão também finalizadas as obras do Laboratório, da Farmácia e das enfermarias. Todo o equipamento de ar condicionado do Bloco Cirúrgico será trocado. O investimento no HRB será próximo aos R$ 6 milhões.

Prédio anexo ao HIJPII será entregue

A terceira etapa do prédio anexo ao Cícero Ferreira terá seus projetos finalizados e a obra deverá ser concluída até julho de 2021. O projeto concluirá a entrada, a câmara subterrânea de energia elétrica, o sistema de ar condicionado, entre outras intervenções que totalizam o investimento de R$ 13,5 milhões. Outras reformas acontecerão no prédio Sálvio Nunes, na portaria e no pronto atendimento. O projeto final custará R$ 14,5 milhões no HIJPII.

CEPAI será totalmente revitalizado

O Centro Psíquico da Adolescência e Infância passará por uma grande reforma, o que possibilitará inclusive na ampliação de setores e serviços. As obras vão acontecer na Biblioteca, na Lavanderia, na sala de Fisioterapia, nos consultórios, na quadra, nos banheiros, na Urgência e nas áreas administrativas da unidade. Investimento previsto: R$ 1,4 milhão.


Reformas estruturais e hidráulicas no Hospital João XXIII

Um dos maiores prontos-socorros do país, o Hospital João XXIII também terá boa parte de sua estrutura revitalizada, começando com a reforma do telhado e do pavimento técnico do setor de Imagem (que também terá novo sistema de condicionamento de ar). As redes de esgoto e águas pluviais, a distribuição de água quente e fria e o abrigo de resíduos sólidos também serão reformados. Mais de R$ 4,3 milhões serão investidos no HJXXIII.


Projetos de Prevenção a Incêndios

Todas as unidades da Rede Fhemig possuem Plano de Segurança Contra incêndio e Pânico (PSCIP) em execução ou sendo planejados. Os projetos e obras são desenvolvidos em parceria com o Corpo de Bombeiros Militares de Minas Gerais que vistoriam as obras, fazem laudos e perícias necessárias à segurança das unidades. Os investimentos para a prevenção de incêndios nas unidades serão de mais de R$ 8,2 milhões.


Por Fernanda Moreira Pinto e Michèlle de Toledo Guirlanda

* As fotos dessa matéria são das obras que estão acontecendo no Hospital Eduardo de Menezes.