23/11/2021

​​Governo de Minas anuncia R$ 200 milhões para a construção do novo Hospital Eduardo de Menezes

Novo projeto será modernizado e adaptado para ampliação de leitos em casos de necessidade, como em uma pandemia

O Governo de Minas anunciou, na manhã desta terça-feira (23/11), o investimento de R$ 200 milhões para a construção do novo Hospital Eduardo de Menezes (HEM). A nova unidade do hospital, que é referência no tratamento de doenças infectocontagiosas e desempenha papel fundamental no enfrentamento da pandemia da covid-19 em Minas, passará a funcionar no bairro Gameleira, em Belo Horizonte.

O novo hospital contará com 155 leitos, distribuídos em 110 de enfermaria; 10 de terapia intensiva; 15 de terapia semi-intensiva; 10 no hospital-dia; e 10 leitos na Unidade de Decisão Clínica (UDC). A previsão é que a construção dure de dois a três anos.

O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, destacou o papel do hospital para o Estado e a importância do investimento. “O Estado, por meio do acordo da tragédia em Brumadinho, está investindo um valor expressivo para que esta nova unidade seja construída. Lembrando que, a unidade atual já tem 67 anos, e foi adaptada. Vale ressaltar que o Eduardo de Menezes foi o primeiro hospital do Brasil com dedicação exclusiva aos pacientes de covid-19, no início da pandemia. Um trabalho essencial para Minas se destacar entre os estados com os melhores desempenhos de enfrentamento à doença. A Saúde de Minas Gerais há décadas não recebe investimentos dessa magnitude”, frisou.

Avanços

O investimento transformará o Eduardo de Menezes em um hospital com as técnicas mais avançadas no mundo em epidemiologia. A nova unidade será idealizada em uma estrutura que possibilita a rápida adaptação, com a possibilidade de oferecer um hospital do tipo “campanha” nas áreas de estacionamento, ampliando a capacidade de leitos para 300.

Além disso, leitos de internação podem se tornar leitos de Terapia Intensiva e a estrutura de atendimento pode ser alterada para cumprir fluxo para protocolos que exigem isolamento. O HEM ampliará também as linhas de ensino e pesquisa multidisciplinar e os serviços de diagnóstico laboratorial e de imagem.

A nova unidade será construída com projeto arquitetônico seguindo as referências mais modernas no mundo e representa um importante marco para a saúde pública do Estado de Minas Gerais. Com inovação, planejamento e novos processos assistenciais, o hospital alcançará os melhores resultados, conciliando a alta tecnologia, a flexibilidade e a sustentabilidade em prol da melhoria da saúde pública.

O secretário de Estado de Saúde, Fábio Baccheretti, reforçou que, a partir da experiência aprendida com a covid-19, é preciso adequar os serviços para que tenham capacidade de resposta mais rápida diante de cenários críticos no contexto da saúde pública. “A pandemia exigiu inúmeras discussões sobre a necessidade de repensar as estruturas hospitalares. Por isso, o projeto do novo Eduardo de Menezes foi pensado para ser mais eficiente e ágil em sua capacidade de atendimento, quando acionado em calamidades sanitárias”, analisou.

Principais premissas do projeto arquitetônico:

● Unidade Híbrida: espaços mutáveis, rápida resposta às emergências e agravos, trabalhando a tecnologia a favor;
● Fluxos dinâmicos: com possibilidade de mudanças de fluxos e capacidade conforme necessidade;
● Espaços de fácil manutenção e alta tecnologia;
● Eficiência Energética e Sustentabilidade; como por exemplo unidade paper free;
● Filtragem do ar, controle de pressão e umidade;
● Climatização natural x climatização artificial;
● Laboratórios de alta tecnologia de análise e resposta, unidades plataforma integrados aos laboratórios públicos do Estado

Enfrentamento à covid-19

De janeiro de 2020 a 10/11/2021, o Hospital Eduardo de Menezes recebeu 4.859 pacientes com suspeitas de covid-19. Desses, 2.431 foram confirmados para a doença. A unidade registrou 1.533 altas hospitalares entre os que testaram positivo e 148 transferências.

Do total de pacientes com covid-19, 36% foram admitidos em leitos de terapia intensiva, o que representa um total de 886 casos. Entre os casos confirmados recebidos na terapia intensiva, 82% tinham, pelo menos, uma comorbidade. A média de idade atendida na unidade foi de 58 anos.


Por Agência Minas
Fotos: Marco Evangelista / Imprensa MG