28/10/2020

No Dia do Servidor Público (28), servidores da Fhemig que atuam na retaguarda do combate ao novo coronavírus reafirmam seu compromisso com a saúde pública e revelam o orgulho de servir à sociedade

Paralelamente à ação do grande contingente de servidores que atuam na linha de frente no combate à covid-19 e são responsáveis pela assistência direta aos pacientes e por salvarem milhares de vidas, seja nos hospitais de referência, quanto nos hospitais de retaguarda da Rede Fhemig, um número relativamente menor de servidores, mas não menos importante, trabalha arduamente para prover as condições materiais e de atenção à saúde àqueles que se dedicam a enfrentar a pandemia.

Para atender aos quase sete mil casos suspeitos que chegaram, até o momento, aos hospitais da rede, diretamente ligados ao enfrentamento da covid-19, e realizar quase quatro mil internações ao longo destes sete meses de pandemia em Minas, a interação entre os mais de 10 mil servidores da assistência e os cerca de 2.500 profissionais que atuam nos bastidores revela a capacidade de adaptação dos servidores a um novo cenário que exige, continuamente, respostas rápidas e efetivas, assim como ressalta e consolida o papel do Sistema Único de Saúde (SUS), do qual depende a maior parte da população brasileira, e que se revelou fundamental frente a uma das maiores ameaças à saúde pública da história recente, não somente do país, mas do mundo.

Desafios

Segundo o presidente da Fhemig, Fábio Baccheretti, este ano, o Dia do Servidor é comemorado de forma especial. “Enfrentamos muitos desafios. Cada um dos servidores da Fhemig se adequou à nova realidade. Após sete meses de pandemia, eles mostraram sua capacidade de superar as adversidades, desde a assistência direta até as áreas de apoio administrativo – fundamentais para que a rede funcionasse ininterruptamente. As mudanças de rotina, o momentos de medo e exaustão, as dificuldades cotidianas foram comuns neste ano, para todos, e os nossos servidores responderam com compromisso, esforço e dedicação”, revela Baccheretti.

O engenheiro civil, Roberto Dalla Negra, responsável pela Gerência de Infraestrutura Predial, conta que atuar nos bastidores é desafiador. “Ao mesmo tempo que é exigente, é gratificante, pois mesmo não tendo um reconhecimento direto ou imediato, sabemos que quando o usuário agradece os que estão na linha de frente, parte desse agradecimento é para nossa equipe. Entendemos que se não houvesse todo um sistema eficiente de energia elétrica, de distribuição de água, de gases medicinais e de climatização, o paciente não teria condições de ser atendido adequadamente”, avalia Roberto.

Para a assistente social Carla da Conceição, que coordena o Almoxarifado Central, encarregado pela logística dos insumos, equipamentos de proteção individual, materiais hospitalares, entre outros materiais, vivenciar uma situação de alta demanda e complexidade como a pandemia da covid-19 reforçou a importância do SUS e dos servidores públicos. “O Almoxarifado Central atuou na retaguarda no enfretamento à covid-19 desde o inicio da pandemia, quando recebemos materiais médicos e doações destinadas à Fhemig. Conseguimos abastecer toda a rede, contribuindo para o combate à pandemia, dia após dia, superando assim nossos próprios limites”, destaca a coordenadora.

Missão minuciosa

Assim como seus colegas de trabalho, Carla revela o orgulho de servir à saúde pública e ressalta a importância dos resultados alcançados com a maior interação entre os servidores, neste momento de confronto direto com um inimigo invisível e capaz de causar a morte de milhões de pessoas em um curto período de tempo. “Gerir uma equipe que abastece a rede de 20 unidades hospitalares, não demanda somente cuidados administrativos. A compreensão, motivação e cumplicidade foram grandes características em meio a essa pandemia, que sem sombra de dúvidas ficarão de frutos dessa batalha”.

De acordo com Carla, garantir o funcionamento técnico dos hospitais da rede Fhemig é uma missão minuciosa, “o objetivo do Almoxarifado Central é fazer com que todos da linha de frente estejam protegidos, para que possam realizar seu trabalho com eficiência, eficácia e efetividade. Manter o estoque de suprimentos de consumo ou material medico é necessário para manter a vida de milhares de pessoas nos hospitais”, garante a servidora.

Resposta coletiva

Diante da realidade da pandemia, os servidores da Fhemig apresentaram respostas que foram construídas, de forma coletiva e coordenada, numa luta contra o tempo e os desafios impostos por uma doença nova que se alastrou por quase todos os países. “Ficou evidente a importância e a necessidade da atuação sinérgica entre os profissionais assistenciais da linha de frente e os servidores executores de atividades fundamentalmente administrativas, que embora não realizem procedimentos ou atendimentos diretos à população, também se desdobram para viabilizar o provimento de insumos às unidades, recursos que impactam diretamente no atendimento aos pacientes”, resume de forma didática a assessora da Diretoria de Gestão de Pessoas, Nathália Costa, responsável pela coordenação dos numerosos chamamentos emergenciais e editais elaborados pela Fhemig ao longo dos últimos quase oito meses de pandemia do novo coronavírus em Minas.

Repensar e reinventar

Na visão da coordenadora de enfermagem e equipe multiprofissional da Diretoria Assistencial, a enfermeira Aline Mendes, a pandemia estreitou os laços entre as áreas da saúde pública. “Houve uma necessidade de o servidor público repensar e reinventar as formas de enfrentamento das questões assistenciais e gerenciais. Sabíamos que a população em geral entraria em pânico e que precisávamos manter a calma para planejar insumos, equipamentos, materiais, medicamentos, recursos humanos e espaço físico necessários ao enfrentamento. Manter a equipe focada, enquanto a sensação de impotência pairava no ar, foi desafiador, pois estávamos diante de uma situação sem precedentes e decisões difíceis eram tomadas o tempo todo”.

Como salienta a coordenadora da equipe de Fisioterapia do Hospital Júlia Kubitschek, Erika Inácio, “a importância do SUS e dos servidores públicos foi mostrada na pandemia. O serviço público de saúde é a segurança do acesso universal a saúde”, sintetiza a fisioterapeuta.

Do alto de sua experiência de mais de 30 anos de atuação na saúde pública, a técnica de enfermagem do Hospital João XXIII, Maria Suzel, sintetiza bem a importância do SUS e dos seus trabalhadores para o país ao dizer que ele é o “melhor convênio médico e deve ser valorizado”.

Por Alexandra Marques