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12/11/2021

Fórum Científico Fhemig reúne pesquisadores para discutir trabalhos que têm a covid-19 como tema central

Mais de 100 pesquisas foram inscritas na 7ª edição do evento, realizado on-line em razão das restrições impostas pela pandemia

Realizado virtualmente, nos dias 9 e 10/11, devido aos desafios impostos pelo cenário de pandemia, o 7º Fórum Científico da Fhemig – “Ciência em tempo de pandemia” – revelou a efetividade dos trabalhos desenvolvidos e a capacidade de produção dos servidores.

Na abertura do evento, a presidente da Fhemig, Renata Ferreira Leles Dias, lembrou que a pandemia do novo coronavírus não foi a primeira e, provavelmente, não será a última que o mundo enfrentará. “Na Fhemig, a produção científica foi intensificada para buscar alternativas terapêuticas e desenvolver boas práticas vivenciadas na assistência aos casos de covid-19”, destacou.

Campo de teste

“Como a gente não faz pesquisas de bancada, a Fhemig tem por vocação ser um campo de teste para novas tecnologias. Ela surge nesse cenário de inovação com potencialidade para celebrar parcerias sólidas, tanto com as instituições públicas, quanto particulares. Hoje, o grande desafio é fazer esses arranjos tecnológicos. Nós temos grande potencial para isso”, avalia o médico, pós-doutor em Ciências da Saúde pela Universidade de Paris VI/APHP e analista da Coordenação de Inovação e Pesquisa (CIP) da Fhemig, Flávio Diniz Capanema.

Guiado por essa perspectiva, Flávio Capanema convidou o biólogo, pesquisador em Saúde Pública do Centro de Pesquisa René Rachou - Fiocruz e pós-doutor em Biologia Celular e Molecular pela Universidade Laval (Quebec – Canadá), Rubens Lima do Monte Neto, para desenvolver proposta de pesquisa, no âmbito de uma chamada pública emergencial do Governo de Minas, para atender demanda de soluções de rápida execução.

“Naquele momento havíamos desenvolvido o OmniLAMP, um dispositivo portátil e automatizado, originalmente pensado para o diagnóstico de arboviroses e leishmaniose. Estávamos trabalhando na prova de conceito de um teste para a detecção de SARS-CoV-2 e o convite do Flávio nos fez ampliar horizontes, com a perspectiva de acesso a amostras clínicas. O projeto foi aprovado pela Fapemig e graças ao sucesso da parceria, hoje somos mais fortes”, resume Rubens do Monte Neto.

Maior produtora de pesquisa

Com mais de uma centena de trabalhos inscritos, o 7º Fórum Científico da Fhemig simboliza, neste momento singular da saúde pública mundial, a capacidade da Fundação para apresentar soluções e respostas rápidas que dialogam diretamente com as necessidades da sociedade.

Em seus 44 anos de história, a Fhemig sempre demonstrou vocação para desenvolver pesquisa científica. Em 2007, com a criação da antiga Gerência de Pesquisa, hoje maior e denominada Gerência de Desempenho, Desenvolvimento, Inovação e Pesquisa (GDDIP), estabeleceu-se uma política para a área.

No ano seguinte, a criação do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT) tornou a Fhemig uma Instituição de Ciência e Tecnologia (ICT), habilitada para participar de editais de pesquisa. “Com isso, em 2011, a Fhemig já era a instituição não acadêmica que mais produzia pesquisa em Minas Gerais”, ressalta Flávio Capanema.

Inovação

O bioquímico e doutor em Ciências da Saúde pela Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) Ronaldo Rodrigues da Costa, servidor do Hospital Regional João Penido (HRJP), em Juiz de Fora, é uma "espécie de ícone do desenvolvimento da pesquisa na Fhemig”, segundo Flávio Capanema.

Ronaldo da Costa participou do primeiro mestrado profissional criado pela Fhemig, em parceria com a Universidade de Montes Claros (Unimontes), para qualificar os servidores da Fundação. A partir daí, sua trajetória seguiu o percurso do investimento em pesquisa. No doutorado, criou um novo método de isolamento da bactéria da tuberculose, mais simples e rápido, que gerou um pedido de patente, publicação em revista internacional e o interesse de três grandes países.

A nova tecnologia desenvolvida por Ronaldo da Costa resultou da parceria entre UFJF, Embrapa, Fhemig e Funed. Além de representar um produto da parceria dessas instituições, o trabalho apresenta um novo método de cultivo para diagnóstico da tuberculose, mais rápido, simples e barato, permitindo a ampliação do diagnóstico da doença, principalmente em laboratórios com poucos recursos financeiros e de infraestrutura. Países do Brics (agrupamento formado pelos cinco grandes países emergentes: Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) também demonstraram interesse em expandir a testagem do método”, afirma o bioquímico.

 

Coautora de um estudo sobre os óbitos de internados por covid-19 nas unidades da Fhemig, a enfermeira, mestre em Cirurgia e Oftalmologia pela UFMG e assessora técnica da Diretoria Assistencial (Dirass) da Fhemig Fabiana Guerra Pimenta compartilha da visão do colega de trabalho Ronaldo da Costa.

“O trabalho elaborado por nosso grupo surgiu a partir de uma demanda assistencial para conhecer as características dos atendimentos realizados nas unidades de referência no atendimento à covid-19. Foi possível conhecer o volume de atendimento e o perfil de pacientes e, junto com outras informações, auxiliar na elaboração de estratégias para a tomada de decisões neste período tão difícil”, esclarece a servidora.

Disseminação do conhecimento

Advogado, administrador, mestre em Inovação Tecnológica e Propriedade Intelectual, e coordenador do Núcleo de Inovação e Proteção ao Conhecimento da Fundação Ezequiel Dias (Nipac/Funed), Bruno Coelho Resende de Castro, participou pela primeira vez do evento.

Em sua estreia no fórum, o administrador apresentou uma proposta de gestão integrada entre os Núcleos de Inovação Tecnológica (NITs) das instituições científicas, tecnológicas e de inovação (ICTs) que integram a administração pública estadual. “A gestão integrada dos NITs é uma forma diferenciada de gerir a inovação e pode trazer grandes resultados para o estado”, acredita Bruno de Castro.

Pesquisa e residência em saúde

O administrador público, professor de física e gestor da Coordenação de Inovação e Pesquisa (CIP), da Gerência de Desempenho, Desenvolvimento, Inovação e Pesquisa, da Diretoria de Gestão de Pessoas da Fhemig (Digepe), Júlio César Pereira Rocha, sublinhou que promover encontros da Residência em Saúde da Fhemig, no âmbito dos fóruns científicos, já é uma tradição. “O encontro é para valorizar uma área da Fundação que tem mostrado competência e produção crescentes do ponto de vista da pesquisa. A residência tem se destacado pelo número de novos trabalhos”, destaca.

Reconhecimento

 

O fórum científico tem também a tradição de homenagear um profissional, que se destaca no cenário nacional em razão do conjunto da sua obra. Na edição deste ano, o homenageado foi o médico, doutor em Saúde Pública pela Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), e servidor dedicado à pesquisa científica Roberto Ladeira Marini.

Do menino que sonhava em ser cientista ao homem que construiu uma carreira exitosa na maior rede hospitalar do Sistema Único de Saúde (SUS), Roberto Marini se tornou referência ética e profissional para várias gerações de profissionais ao longo dos 35 anos que se dedicou à Fhemig.

“É uma homenagem que muito me lisonjeia. Um reconhecimento de uma trajetória institucional, construída ao longo de vários anos e com a contribuição de diversos pesquisadores. Desde criança tinha vontade de me tornar cientista”, confidencia Marini.

Segundo ele, o primeiro passo para que o número de servidores que se dedicam à pesquisa possa crescer nos próximos anos é o reconhecimento de que as atividades de ensino e pesquisa são tão relevantes quanto a atividade assistencial.

Por Alexandra Marques

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