06/10/2020

Referência para o tratamento da covid-19 em Minas Gerais, Hospital Eduardo de Menezes é premiado por sua atuação no combate ao novo coronavírus

Em cerimônia virtual realizada no dia 17 de setembro, o Hospital Eduardo de Menezes (HEM), referência para o tratamento da covid-19 no estado, recebeu o prêmio “Destaque em Administração 2020”, na categoria "Entidades, Empresas ou Organizações da Área da Saúde”, concedido pelo Conselho Regional de Administração de Minas Gerais (CRA-MG).



A premiação reconhece os “relevantes serviços prestados à população mineira no enfrentamento à pandemia da covid-19” e a atuação dos profissionais do hospital, segundo comunicado enviado pelo CRA-MG à diretora do HEM, Virgínia Andrade (foto, com a placa).

Virgínia afirma que é gratificante o reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos profissionais do hospital. “Tem sido cansativo e estressante o atendimento às inúmeras novas necessidades do hospital, entretanto quando somos vistos e premiados é bastante recompensador”. Segundo a diretora do HEM, as equipes gerencial e assistencial se empenharam na elaboração de protocolos e no treinamento das equipes para garantir a segurança dos atendimentos.

A lista de medidas adotadas pelo hospital é extensa e inclui a delimitação de espaços, uso adequado de equipamentos de proteção individual, reorganização interna e aumento do número de pessoal, ampliação de leitos da Unidade de Tratamento Intensivo (UTI), ajustes para acesso rápido ao diagnóstico, além da criação de um comitê de gerenciamento de crise. “Houve uma maior atuação junto à vigilância em saúde, na criação de planos de ação para a ampliação imediata do serviço, de acordo com a demanda municipal e estadual”, ressalta a médica.



Desafio diário

Desde o primeiro paciente até agora, o Hospital Eduardo de Menezes, que, com a pandemia, dedica-se, exclusivamente, ao tratamento da covid-19, atendeu mais de 2.400 pessoas com suspeita da doença, das quais, aproximadamente, um terço testaram positivo. Por trás desses números estão, além de cada paciente que luta contra a doença, um contingente de profissionais que, ao longo dos últimos meses, têm se dedicado ao desafio diário de salvar vidas, no contexto de uma doença que matou mais de um milhão de pessoas e contaminou mais de 32 milhões em 188 países.

De acordo com Virgínia, a pandemia trouxe numerosos desafios e aprendizados tanto para a reorganização estrutural do hospital, quanto para a assistência. “Atuar na pandemia traz sentimentos às vezes contraditórios como sensação de dever cumprido, compaixão, medo e angústia. Foi necessário nos posicionarmos frente a uma doença nova, totalmente desconhecida, de proporção avassaladora. Estar diante de uma pandemia que o planeta inteiro está voltado para achar um tratamento e/ou uma vacina e definir a melhor forma de conduzir essa patologia em um centro de referência em doenças infecciosas do estado. O ritmo de trabalho se tornou muito mais árduo e intenso. Nos orgulha ver inúmeros profissionais de saúde, que mesmo diante do medo, se dedicam e fazem jus ao juramento de cuidar do próximo, mesmo que ponha em risco sua integridade física e de seus familiares”, pontua a médica.

 

Por Alexandra Marques