06/10/2022

Revitalização da Unidade de Urgência do Instituto Raul Soares é concluída

Melhorias no telhado e instalação de letreiro luminoso foram algumas das intervenções realizadas

A área externa do Serviço de Urgência do Instituto Raul Soares (IRS), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig), passou por obras de revitalização, concluídas no final de agosto deste ano. Por se tratar de um prédio tombado pelo Patrimônio Histórico, foi aplicada uma técnica de modernização de construções antigas chamada retrofit, cujo objetivo é corrigir problemas de infraestrutura e tornar o espaço mais seguro, sem retirar seus elementos originais históricos e arquitetônicos.

Entre as melhorias realizadas no local estão a renovação do sistema de telhamento e da cobertura do pátio da entrada da Urgência do hospital, adequações na parte elétrica, de drenagem pluvial e no sistema de proteção contra descargas atmosféricas, além de instalação de letreiro luminoso de identificação do serviço. O valor total investido foi de, aproximadamente, R$ 440 mil.

“A revitalização tornou o espaço mais humanizado, proporcionando maior conforto térmico, melhor iluminação do ambiente e proteção contra as intempéries. A nova configuração do telhado também possibilitou uma melhor visão da edificação. No centenário do hospital, comemorado este ano, aumenta nosso orgulho em saber que podemos compatibilizar a valorização do ativo patrimonial de grande importância histórica, revitalizando-o e adaptando-o às necessidades contemporâneas”, afirma o diretor-geral do Instituto Raul Soares, Marco Antonio de Rezende Andrade. 

O Instituto Raul Soares foi edificado tendo como inspiração o Hospital Psiquiátrico de Frankfurt, na Alemanha, com sua configuração arquitetônica de alas que representam, em planta baixa, o corpo humano. O caráter vanguardista da construção simbolizou um grande avanço para a história da engenharia do Brasil à época.

“Diante de tantas variáveis, assim como toda intervenção em imóvel tombado, essa não foi uma missão fácil, pois precisamos respeitar a história viva que a edificação representa, mas também revitalizá-la para garantir um atendimento seguro e salubre aos usuários. Por meio da análise bioclimática, houve aproveitamento das condições naturais de iluminação e ventilação, essenciais para projetos ligados a serviços de saúde”, conclui a engenheira civil da Coordenação de Execução e Acompanhamento de Intervenções da Diretoria de Planejamento, Gestão e Finanças (DPGF) da Fhemig, Fabiana Lisboa.


Por Fernanda Moreira Pinto