18/11/2021

Protocolo da Fhemig para assistência à covid-19 é finalista do Prêmio Inova Minas Gerais

Agentes públicos do Poder Executivo e cidadãos de Minas Gerais podem votar, de 18 a 30/11, na segunda etapa da avaliação

O Protocolo de Diretrizes Assistenciais COVID-19, elaborado e atualizado pela equipe técnica da Diretoria Assistencial (Dirass) da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) é um dos finalistas do Prêmio Inova Minas Gerais, na modalidade “Inovação em Políticas Públicas”. A premiação é uma iniciativa da Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais (Seplag MG), e tem por objetivo estimular servidores, estagiários, bolsistas e empregados públicos no desenvolvimento de uma cultura de inovação, visando à transformação e à melhoria dos serviços públicos.


A segunda etapa da avaliação, que consiste na votação dos agentes públicos do Poder Executivo e dos cidadãos de Minas Gerais por meio do aplicativo MGApp e do site www.cidadao.mg.gov.br, vai de 18 a 30 de novembro. Não deixe de votar!

Protocolo

O Protocolo de Diretrizes Assistenciais COVID-19 padroniza ações das equipes de saúde no âmbito da Fhemig, por meio de linha de cuidado completa e específica para o tratamento da doença, desde a admissão do paciente até a sua saída hospitalar. Promove assistência qualificada, segura, multiprofissional e humanizada, gerando economicidade, por meio da racionalização de recursos materiais e humanos, e significativa expansão emergencial de leitos para o SUS.

A assessora técnica e estratégica da Diretoria de Contratualização e Gestão da Informação (DCGI) da Rede Fhemig, Maria Thereza Papatela Jabour, esteve à frente da Gerência de Diretrizes Assistenciais durante boa parte da pandemia de covid-19 e coordenou os trabalhos de elaboração do protocolo.

“Em março de 2020, quando a pandemia teve início no Brasil, fomos procurar referências para escrever um guia da Fhemig. Era tudo muito novo, uma doença ainda em descoberta. Tivemos uma dificuldade imensa de encontrar, naquela época, materiais de qualidade, robustos cientificamente. Foi um trabalho árduo de busca de literatura de boa qualidade. Viramos noites pesquisando, discutindo em fóruns do país inteiro com outros profissionais sobre as melhores práticas. A primeira versão do protocolo foi publicada em abril de 2020”, relata Thereza.

O objetivo da equipe era produzir um guia que não fosse fragmentado, para que o profissional de saúde pudesse conhecer a linha de cuidado completa. A atual gerente de Diretrizes Assistenciais da Dirass, Ana Carolina Amaral de Castro Hadad, também fez parte da equipe que elaborou o material e fala sobre o caráter pioneiro da iniciativa. “O protocolo oferece um olhar integral sobre a assistência à covid-19. Uma abordagem multiprofissional, que imprime não só o viés médico, mas também de enfermagem, de psicologia, de fonoaudiologia, entre outros campos da assistência”, afirma.

Benefícios

Entre os ganhos proporcionados pelo protocolo estão: padronização técnica; qualidade; segurança assistencial; controle dos processos de trabalho; racionalização do uso de medicamentos; de materiais médicos e de recursos humanos; qualificação; humanização da assistência; e economicidade. “Nosso maior resultado é demonstrado pelos indicadores assistenciais. A Fhemig teve um amplo número de internações por covid-19 ao longo da pandemia, que correspondeu a cerca de 10% do atendimento em todo o estado. Algo muito significativo, com indicadores assistenciais extremamente satisfatórios, como taxa de mortalidade e média de permanência com níveis melhores do que os preconizados na literatura. Importante destacar que a ideia saiu da equipe da Dirass, mas tudo foi feito de forma colaborativa com as unidades assistenciais, que também participaram ativamente dessa construção”, ressalta Thereza.

Atualmente, o protocolo se encontra na nona edição. Toda essa evolução foi importante no cenário de enfrentamento a uma doença nova. “Em um momento de tanto sofrimento, perdas e dúvidas, aprendemos a nos reinventar e fazer o melhor possível com o que tínhamos. Aprendemos a fazer plano de contingência, a ampliar leitos no menor prazo e, assim, a dar a melhor resposta”, afirma Ana Carolina.

Hoje, o Protocolo de Diretrizes Assistenciais COVID-19 é referência para outras instituições em todo o país, como secretarias de saúde, prefeituras e unidades públicas e privadas. “Nosso guia é um dos mais consultados, divulgados e respeitados do Brasil. A indicação ao Prêmio Inova Minas Gerais é um grande reconhecimento a todo esse trabalho intenso da equipe. Estamos muito felizes”, diz a gerente de Diretrizes Assistenciais. “Só de estarmos na final, entre 114 trabalhos enviados, já nos sentimos premiados. Para toda a equipe é algo muito significativo”, conclui a assessora da DCGI.


Por Fernanda Moreira Pinto