11/08/2023

I Workshop Integrado do Núcleo Interno de Regulação e Farmácia Clínica mostrou a excelência no trabalho realizado pelos servidores da Fundação na Gestão de Leitos das unidades

Aconteceu no dia 8 de agosto (terça-feira), no auditório do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG), o I Workshop Integrado do Núcleo Interno de Regulação (NIR) e Farmácia Clínica. O evento foi promovido pela Diretoria Assistencial (Dirass) da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Fhemig) e faz parte da proposta da diretoria em compartilhar as experiências exitosas na gestão de leitos das unidades da Fundação, capilarizar conhecimentos e identificar pontos de melhorias nas ações multiprofissionais, ao envolver diferentes setores das unidades da Fundação nos workshops.

Para a participação no evento, a Dirass definiu um grupo estratégico e heterogêneo de participantes. “Os servidores presentes foram convidados a refletir sobre os processos internos de trabalho, sua interface e o impacto na assistência prestada ao paciente”, revela a gerente de diretrizes assistenciais, Ana Carolina Haddad.

Para a diretora assistencial da Fhemig, Lucineia Carvalhais, a gestão de leitos da Fhemig é considerada case de sucesso pelo considerável aumento da eficiência hospitalar, com a diminuição da permanência hospitalar para o tempo mínimo seguro e necessário ao paciente, e, dessa forma, o aumento da disponibilidade de leitos. “A Fhemig tem sido exemplar na melhoria do potencial dos nossos hospitais, com destaque para os regionais, que têm cumprido seu papel macrorregional com sucesso”, afirma a diretora.

De acordo com ela, este êxito foi possível principalmente devido ao uso da ferramenta Diagnosis Related Groups (DRG) – metodologia de categorização de pacientes internados em hospitais, de acordo com sua complexidade assistencial -, que há quatro anos integra o cotidiano dos NIR’s. “O DRG foi fundamental para que os núcleos cumprissem seu papel estratégico e institucional na capacidade de resposta das unidades, mas ainda há muitos avanços a serem feitos”, avalia Lucineia.

Um dos exemplos mais recentes de bons resultados é o Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), localizado em Patos de Minas, que reduziu em 10% a média de permanência geral na unidade em dois anos. Enquanto isso, aumentou em 29% o número de atendimentos. Já os números positivos do Complexo Hospitalar de Barbacena (CHB) foram potencializados pelas ferramentas do projeto Lean nas Emergências, desenvolvido por meio do Proadi/SUS, e executado em parceria com o Hospital Sírio-Libanês, que busca a melhoria dos processos - assegurando fluxos contínuos e eliminando desperdícios. O Complexo conseguiu reduzir em 18% a média de permanência nos leitos da Clínica Médica, e em um dia o prazo médio para internação, além de diminuir 21% a taxa de superlotação, enquanto o número de atendimentos de urgência cresceu 62%.

A enfermeira do NIR do Complexo Hospitalar de Urgência e Emergência (CHUE), Bárbara Pereira da Silva, destacou a colaboração do evento para um melhor entendimento sobre como funcionam compras, licitações e uma organização geral do trabalho. Citou ainda os bons resultados alcançados por meio de ferramentas como o DRG e o Lean nas Emergências. “Saber como funcionam todos os processos dentro da unidade e quem fica responsável pelo quê traz mais segurança, agilidade, facilita a comunicação entre as equipes e, consequentemente, melhora a gestão dos leitos. Dessa forma, podemos visualizar melhor, por exemplo, o paciente que necessita de uma maior assistência, aquele que pode ter uma alta segura ou uma desospitalização mais ágil, que será benéfica para ele”, ressalta Bárbara.

A acadêmica de enfermagem e estagiária da Administração Central, Kézia Bezerra, elogiou a sequência de eventos promovida pela Fhemig. “O fato de os workshops serem multidisciplinares agrega muito em prol do paciente e também aos profissionais, pela riqueza de informações”, afirma. “Tenho conseguido ampliar minha visão sobre a teoria que estudo na graduação, colocando-a na prática, nas atividades e nos processos de trabalho”, completa a também acadêmica de enfermagem, Mariana de Carvalho.

Por Anni Sieglitz