31/07/2023

“Polvo Terapêutico” conforta bebês internados no Hospital Regional Antônio Dias

A ideia do projeto, idealizado na unidade em Patos de Minas, é promover aconchego aos recém-nascidos prematuros com polvos feitos de crochê

As enfermeiras obstétricas do Hospital Regional Antônio Dias (HRAD), em Patos de Minas, idealizaram uma prática que busca oferecer mais conforto aos recém-nascidos prematuros que ficam retidos no bloco obstétrico da unidade. O projeto “Polvo Terapêutico”, como o próprio nome diz, é definido por coloridos polvos feitos de crochê que são colocados junto aos pequenos pacientes. A ação ajuda os bebês, promovendo melhorias nos sistemas respiratório e cardíaco. Além disso, auxilia a se sentirem mais seguros e confortáveis, complementando o tratamento medicamentoso necessário.


Em síntese, os tentáculos do polvo remetem ao cordão umbilical e às experiências vividas no colo uterino, transmitindo a ideia de proteção ao bebê e o acalmando. Dessa forma, evita-se que eles arranquem os fios de monitores e tubos de alimentação durante o período em que estão internados.

“O polvo de crochê é uma prática já utilizada em algumas unidades de tratamento intensivo neonatal e contribui muito com a recuperação dos pacientes, visto que proporciona resultados favoráveis ao prognóstico, por lembrarem as condições intrauterinas do ambiente materno”, explica Priscila Camargo Moraes Freire, enfermeira e coordenadora da maternidade do HRAD.

Os polvos são confeccionados com fios 100% algodão e passam por um processo de limpeza e esterilização antes de serem dados aos bebês. Uma gota de essência de camomila também é adicionada para gerar tranquilidade.polvo terapeutico2

A iniciativa teve início em fevereiro deste ano e contou com a colaboração da equipe do bloco obstétrico e de voluntários da unidade hospitalar, que doaram os polvos de crochê aos bebês.

Localizado na cidade de Patos de Minas, a cerca de 400 km de Belo Horizonte, o Hospital Regional Antônio Dias é referência na macrorregião Noroeste no atendimento aos casos de urgência e emergência em pediatria, clínica médica, cirurgia geral, ortopedia, toxicologia, neurologia, neurocirurgia e ginecologia e obstetrícia, incluindo maternidade para gestações de alto risco.

Por Cesar Ferreira Alves, estagiário sob supervisão de Michelle Guirlanda