08/08/2024

Maternidade Odete Valadares passa a oferecer atendimentos em medicina fetal

Serviço é nova opção de acolhimento para pacientes que precisam de acompanhamento detalhado durante a gestação

A Maternidade Odete Valadares (MOV), da Fundação Hospitalar do Estado de Minas Gerais (Rede Fhemig), agora oferece atendimentos em medicina fetal para a população mineira. A oferta do serviço foi possibilitada após um redesenho vocacional da unidade e investimentos no setor, por meio de recursos repassados pelo Governo de Minas.

A medicina fetal é uma área de atuação da obstetrícia de fundamental importância nos cuidados maternos, fetais e neonatais e que, nos últimos anos, vem se desenvolvendo - tanto no campo do rastreamento, diagnóstico e especialmente no que se refere à terapia do feto. “Tem como grande objetivo oferecer medidas preventivas e terapêuticas que irão resultar em uma assistência otimizada e de melhor qualidade para a mãe e o bebê”, explica a médica ginecologista e obstetra da MOV, Gisela Gagliardo.

Facilidade no acesso

De acordo com o médico especialista em medicina fetal da MOV, Francisco Lima, a importância da oferta do serviço é possibilitar um diagnóstico preciso para a gestante, em caso de alterações em exames anteriores, e oferecer um acompanhamento adequado para ela, que muitas vezes tem dificuldade de encaminhamento. “A abertura do serviço na Maternidade Odete Valadares abre uma porta a mais para o acolhimento no estado”.

A médica obstetra da equipe de alto risco da MOV, Ana Cláudia Braga, afirma que agora a paciente tem acesso a um pré-natal feito com muito mais excelência e qualidade. “Este é mais um hospital com o qual a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH) e regionais podem contar, que além de reduzir filas, diminui também o atraso para consultas. Temos pouco tempo de serviço, mas já estamos formando uma forte equipe multidisciplinar, para nos tornarmos referência”, ressalta.

A primeira consulta de pré-natal e o primeiro ultrassom foram realizados em maio de 2024. O atendimento é realizado todas as segundas-feiras do mês.

Tranquilidade

Mariana Oliveira foi a primeira paciente do serviço de medicina fetal da MOV. Residente de Manhuaçu (MG), foi encaminhada com 19 semanas de gestação devido a uma alteração apresentada em um exame de ultrassom morfológico feito na rede privada de sua cidade. Após o primeiro contato da Secretaria de Saúde do município, demorou pouco mais de um mês para ela iniciar o acompanhamento na MOV.

Mariana não quis fazer o exame de amniocentese (aspiração de pequena quantidade de fluido amniótico da bolsa amniótica, que envolve o feto, para detectar problemas de saúde no bebê) e ter um diagnóstico, porque é considerado invasivo, mas continuou realizando os ultrassons, que felizmente mostraram a estabilização do bebê.

Ela continua fazendo os exames periodicamente, que estão mantendo um padrão. “O serviço nos trouxe uma maior tranquilidade. Vamos acompanhando o crescimento do bebê e confirmando que está tudo bem com ele. Sempre saio com consulta e exames agendados e todas as orientações”, relata.

Renata Figueiredo, de 41 anos, também iniciou o pré-natal em um posto próximo de sua casa, onde realizou o ultrassom morfológico do segundo trimestre de gestação. Neste exame, foi constatado um desvio no coração do bebê.

Por isso, a futura mamãe também recebeu o encaminhamento para o setor da MOV, onde teria um diagnóstico mais preciso. “Lá, eu teria acesso a mais recursos para saber se realmente havia essa alteração”, explicou. No primeiro exame realizado, foi constatado que o bebê está se desenvolvendo normalmente, mas Renata ainda passará por mais exames. “Estou amando o atendimento, está tudo perfeito para mim”, avaliou.

Sobre a Maternidade Odete Valadares

A MOV está localizada no bairro Prado, em Belo Horizonte, e foi inaugurada em 1955. Todos os atendimentos e exames são realizados pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

A unidade presta assistência integral à saúde da mulher e ao recém-nascido e é referência em gestação de alto risco, além de atuar como hospital de ensino e possibilitar a capacitação e o aprimoramento dos profissionais da área.

Por Anni Sieglitz