19/03/2025

Servidoras da Maternidade Odete Valadares relatam seus laços afetivos com o hospital

Prestes a completar 70 anos, a unidade da Fhemig vem marcando gerações com seu cuidado humanizado

“A Maternidade Odete Valadares não é apenas o meu local de trabalho, ela faz parte da minha história e da história da minha família”, afirma a gerente assistencial da unidade, Ana Carolina Moreira Valle. A servidora é uma das muitas que têm uma ligação que vai além do profissional com o hospital. Prestes a completar 70 anos, a maternidade já trouxe milhares de crianças ao mundo e vem cuidando de gerações inteiras de famílias.  

Ana Carolina iniciou sua trajetória profissional como enfermeira em 2007 na unidade. “Aqui foi o meu primeiro emprego. Logo que soube que viria trabalhar na maternidade, contei aos meus pais e acabei descobrindo que os dois haviam nascido aqui. Foi muito emocionante, me fez ter um olhar diferente e um carinho ainda maior”, conta. 

Para ela, fazer parte da história da maternidade é gratificante. “Tudo que eu sei hoje, aprendi aqui. Iniciei na terapia intensiva e também aprendi sobre gestão”, afirma.  

A técnica de enfermagem Adriana Santos Ribeiro Rodrigues também é só elogios à maternidade. Ela nasceu na unidade, em 1976, e desde 2011 trabalha na Odete Valadares. “Me identifico muito com a maternidade. Adoro trabalhar aqui. Espero continuar contribuindo com a assistência humanizada prestada às pacientes, para que elas tenham sempre experiências positivas de parto. 

Dor transformada em amor  

Ludmilla Rodrigues Coelho Thomaz também tem uma relação especial com a maternidade. Além de ter nascido na Odete, atua como nutricionista na unidade desde 2014. 

Apesar de não poder ter filhos, ela conseguiu superar essa falta e transformá-la em amor no exercício da sua função. “Tenho infertilidade e convivo com mães e bebês o tempo todo. Apesar disso, consegui transformar a minha dor em cuidado e acolhimento no atendimento nutricional às gestantes e às mulheres com endometriose do ambulatório”. 

Ela conta ainda que seu afeto pela maternidade surgiu desde quando soube que nasceu no local. Esse fato, aliado ao serviço ser referência no estado, foi justamente o que a fez escolher trabalhar na unidade. “Admiro muito o cuidado e a assistência de qualidade das nossas equipes, mesmo em situações adversas”, afirma ela, que ainda guarda com carinho o seu cartão de alta do hospital quando nasceu. 

Hoje, ela celebra essa trajetória de dedicação ao cuidado materno-infantil e à saúde pública – da qual ela também faz parte, reconhecendo o trabalho incansável dos profissionais que sempre fizeram a diferença. “A maternidade completa 70 anos de uma história que se mistura com a de tantas vidas, incluindo a minha, que começou aqui em 1981. Desejo que continue sendo referência em acolhimento, qualidade e humanização, garantindo o direito de nascer com dignidade.  E que a história construída seja fortalecida, sempre com respeito aos trabalhadores e à população, que tanto precisa deste serviço essencial”.

Por Aline de Castro 

Fotos: Francis Campelo e Divulgação/Fhemig